Minicursos

 

Minicurso 01 Algoritmos ­ O que são e por que devo me preocupar?
Coordenadores(as) Amanda Chevtchouk Jurno (UFMG)
Resumo da Proposta

Os “algoritmos” têm aparecido com alguma frequência nas matérias jornalísticas, seja em matérias sobre vazamento de dados dos usuários, censura a conteúdos em redes sociais ou mudanças que influenciam na circulação e visibilidade dos conteúdos publicados. Sabemos que se tratam de códigos que estão por trás do funcionamento da maioria das plataformas de redes sociais – Facebook, Twitter, Instagram – e outras plataformas – como Google, Uber, iFood, etc. – que fazem parte da nossa rotina. Também é sabido que eles trabalham selecionando e elencando conteúdos dentro de bases de dados. Mas o que isso tem a ver com a nossa vida e porquê deveríamos nos preocupar com eles? De acordo com Tarleton Gillespie (2018), “à medida que assumimos as ferramentas computacionais como nossa forma primária de expressão, sujeitamos discurso e conhecimento humanos às lógicas de procedimento que sustentam a computação”. Mas o que isso significa? Especialmente, quais as consequências da ação dos algoritmos na nossa comunicação, interpessoal, massiva e pessoal?

O objetivo desse curso, que é dividido em dois encontros de 90 minutos, é apresentar as várias facetas da ação dos algoritmos e como elas influenciam as nossas próprias ações em sociedade pensando pelo viés comunicacional. Trata-se de uma breve introdução ao pensamento crítico sobre a agência e a influência dos algoritmos, levando em consideração questões como ética, vigilância, privacidade, conhecimento, visibilidade, viéses, dentre outros.

Vamos discutir, por exemplo, como os padrões de inclusão dos dados em um banco de dados de um algoritmo pode influenciar em uma seleção e porque isso pode ter repercussões no “mundo real”. Como alguns já devem saber, os dados não vêm prontos, mas precisam ser organizados com listas de critérios e classificação para que os algoritmos possam usá-los de forma automática: ou seja, sem intervenção humana. Quais são as implicações dessa classificação e organização? Também vamos abordar quais podem ser as consequências das massivas coleções de dados de usuários que são coletadas e armazenadas sobre os usuários todos os dias nas mais diversas plataformas. Consequências essas que não se limitam ao “vazamento de informações privadas”. E por fim, vamos falar sobre quais as consequências das seleções feitas com base em “relevância”, por mais óbvio que isso possa parecer.

 

Minicurso 02 Plágio e reprodução indevida das obras cientificas, literárias e artísticas na pesquisa científica CANCELADO
Coordenadores(as) Ariadne Chloe Furnival (UFSCar/PPGCTS), Sabrina Carvalho Verzola (UFSCar/PPGCTS, UNIFAP)
Resumo da Proposta

O objetivo geral deste minicurso- que será realizado em 2 encontros de 90 minutos – é de apresentar e discutir os preceitos de boa e má práticas na pesquisa e produção científica, focando o plágio e a reprodução indevida das obras intelectuais e artísticos no contexto do Direito Autoral.

Os objetivos específicos deste minicurso são:

-Estabelecer as diferenças entre o plágio e a reprodução indevida das obras científicas;

-Desvelar as modalidades de plágio em conformidade com o Direito Autoral e contextualizar os fatos com as práticas acadêmicas e profissionais;

-Elucidar os principais conflitos contemporâneos no que concerne à autoria, reprodução e socialização do conhecimento científico;

-Identificar algumas práticas preventivas para evitar o plágio e a reprodução indevida de obras intelectuais nas Universidades.

O plágio é uma infração ao Direito Autoral, que define os direitos de autor com fundamento nas Leis n. 9.609/1998 e 9.610/1998. Não obstante a legislação estabeleça as práticas infrativas em relação à produção das obras intelectuais, o plágio é um instituto interdisciplinar e contemporâneo em que os pesquisadores se deparam com os conflitos entre o “fair use” e a socialização do conhecimento científico. Nesse contexto, é salutar a definição do plágio e da prática da reprodução indevida como fundamento para a compreensão das práticas preventivas para que os pesquisadores não venham a incorrer em infrações administrativas, cíveis e criminais.

Portanto, a proposição para a realização deste minicurso também apresenta a discussão pertinente à contextualização das práticas indevidas e da jurisprudência atual que se referem também aos procedimentos administrativos instaurados pelas Universidades, desvelando as contradições pertinentes ao Direito Autoral e à Propriedade Intelectual.

A pretensão também é dialogar e discutir o tema a partir da vivência do público e dos pesquisadores, apresentando-o a partir dos exemplos reais que ocorreram com autores e usuários, como conflitos e uso indevido de textos, citações, imagens, fotografias e o software.

O conteúdo programático será estabelecido nos seguintes termos:

a) Contextualização do tema, a relação entre a má e boa conduta na pesquisa, o fato e a norma específica para a compreensão da interdisciplinaridade do tema e da formação acadêmica;

b) Apresentação e histórico da Propriedade Intelectual e do Direito Autoral;

c) Definições e classificação das obras intelectuais;

d) Discussão pertinente ao conceito de plágio e reprodução indevida a partir de exemplo reais e a interação com o público;

e) Apresentação das modalidades de plágio e de reprodução, considerando também o diálogo com o público;

f) Aplicação de atividade prática para o questionamento sobre os procedimentos administrativos e judiciais em relação à prática de plágio;

g) E, como finalização, o público seria novamente envolvido com a construção de diretrizes de procedimentos preventivos contra o plágio e a reprodução indevidas que podem ser adotados e aplicados pelas Universidades.

Assim, a possibilidade de discussão sobre a interdisciplinaridade do tema e a interlocução das normas específicas que fundamentam as práticas da escrita científica, elucidando as mais diversas contradições na Academia poderá proporcionar a construção de medidas preventivas para as mais diversas áreas do conhecimento e para a sociedade.

 

Minicurso 03 Terapias de choque/Terapias biológicas
Coordenadores(as) Giulia Engel Accorsi (Fiocruz), Gustavo Querodia Tarelow (USP), Eliza Teixeira de Toledo (Fiocruz)
Resumo da Proposta

As “Terapias de choque”, também conhecidas como “Terapias biológicas”, emergiram na segunda década do século XX em meio às concepções organicistas e anatomopatológicas acerca das origens dos transtornos mentais. Visto que a psiquiatria praticada neste período compreendia que os “comportamentos desviantes” poderiam ser associados a problemas estruturais do cérebro humano, buscou-se formular, a partir da longa observação casuística em hospitais psiquiátricos, mecanismos para intervir de maneira abrupta na dinâmica deste órgão (PEREIRA, 2002). Surgiram assim a Malarioterapia, a Insulinoterapia, a Convulsoterapia e as Psicocirurgias, que serão alvo de estudo neste minicurso.

O campo dos estudos sociais das ciências e da tecnologia tem assistido o surgimento de novas propostas de abordagens relativas ao tema da circulação do conhecimento científico e tecnológico. Além das ideias propostas por Kapil Raj (2007), outras discussões relativas à produção historiográfica sobre a atividade científica e tecnológica encontram fértil terreno no âmbito do Science and Technology in the European Periphery. A agenda de pesquisa proposta pelo grupo em questão visa principalmente problematizar o conceito de “divisão centro-periferia” fundado sobretudo nas teorias de modernização pós-colonialistas e nos discursos que emergiram durante a guerra fria (RAJ, 2007; GAVROGLU, 2012). Atenta a este debate, a produção historiográfica brasileira relacionada às terapias biológicas traz questões que se afinam à abordagem mencionada anteriormente, permitindo assim que se discuta termos como apropriação e ressignificação do conhecimento científico.

Assim, neste minicurso discutiremos inicialmente as dinâmicas de circulação das ideias sobre as terapias biológicas, destacando o papel das ditas “periferias” como produtoras de novos conhecimentos sobre tais tecnologias. Além disso, destacaremos a agência dos cientistas atuantes em regiões do globo até então pouco exploradas do ponto de vista historiográfico, levantando discussões sobre a necessidade de se historicizar as demandas locais que nortearam a produção e a apropriação das terapêuticas em questão.

Na sequência, nós voltaremos para os indivíduos que foram submetidos às terapias de choque considerando que tais técnicas se desenvolveram mediante às experimentações empreendidas entre pessoas internadas há muitos anos e, na maioria das vezes, em condições degradantes (CUNHA, 1986). Procuraremos refletir, então, sobre as seguintes questões centrais: quais são as semelhanças e as disparidades encontradas entre os relatos sobre os resultados terapêuticos apresentados nos periódicos científicos e os registros encontrados nos prontuários médicos dos pacientes submetidos às terapias biológicas? De que modo tais terapias contribuíram para o desenvolvimento de mecanismos de normatização e disciplinarização de comportamentos? Quais eram as percepções dos pacientes em relação às terapias de choque?

Por fim, na última aula, situaremos tais experiências terapêuticas dentro de epistemologia médica do referido contexto (LEDERER, 1995; LÖWY, 2013) e, a partir disso, debateremos aspectos inerentes ao seu surgimento, circulação e legitimação. Tal dinâmica também nos permite compreender como a psiquiatria vinha se apropriando dos referenciais da anatomofisiologia na tentativa de incorporar uma retórica considerada mais objetiva de acordo com os referenciais científicos da época e, consequentemente, conquistar legitimidade entre os demais campos médicos e a sociedade de um modo geral. Abordaremos ainda os indivíduos submetidos a essas terapêuticas a partir de referenciais éticos e socioculturais, como a categoria de gênero, por exemplo, o que nos permite refletir sobre sua vulnerabilidade, mas também sobre sua agência enquanto atores históricos.

Minicurso 04 Relações Internacionais e Ciência, Tecnologia e Inovação
Coordenadores(as) Júlia Mascarello (UFSC), Iara Costa Leite (UFSC)
Resumo da Proposta

A relação entre ciência, tecnologia e Estado tem uma longa história, tendo como marco inicial a Segunda Guerra Mundial, momento em que o uso da C e T passa a ser entendido como um instrumento de poder dos Estados. A partir de então, o desenvolvimento científico e tecnológico possibilita uma dinâmica de mudanças que, por sua vez, passam a ter influência sob questões geopolíticas, de poder e influência internacional, tornando-se uma questão de interesse nacional.

Este minicurso tem o objetivo de apresentar as interfaces gerais entre Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) e temas e dinâmicas centrais do estudo das Relações Internacionais: segurança e desenvolvimento, cooperação e competição e o fará através das contribuições da Geopolítica, da Sociologia da Ciência, da História da Ciência, da Economia da Inovação, das Relações Internacionais e da Análise de Políticas Públicas. Abordará temas atuais na área como a Diplomacia científica, a Cooperação internacional em C,T&I bem como os desafios para a inserção do Brasil, da América Latina e de outras regiões em desenvolvimento nas relações internacionais em C,T&I.

 

Minicurso 05 Estereótipos de Gênero no Acesso e Ascensão das Mulheres nas Carreiras Científicas e Tecnológicas no Brasil
Coordenadores(as) Marcel de Almeida Freitas (CEFET-MG)
Resumo da Proposta

O mini-curso objetiva traçar um breve panorama da inserção da mulher na ciência brasileira, enfatizando os percalços do seu percurso, especialmente no que tange aos obstáculos interpostos à ascensão da mulher nas ciências em função da atuação de estereótipos de gênero. Por fim, pretende-se empreender uma breve discussão acerca da atuação dos estereótipos de gênero na ciência, como uma forma de propiciar uma reflexão sobre os preconceitos de gênero assentados em estereótipos no cotidiano de modo mais amplo. Com efeito, o mini-curso objetiva:

1- definir e historicizar a importância do movimento feminista para o acesso das mulheres nas ciências brasileiras;

2- debater criticamente a permanência e o caráter nocivo dos estereótipos de gênero e como eles ainda atuam, na maior parte das vezes não propositalmente, como obstáculos para a equidade de gênero;

3- o perfil e a biografia de algumas mulheres que se destacaram no cenário científico brasileiro, em diferentes áreas de conhecimento.

 

Minicurso 06 Filosofia da Tecnologia – Os desafios éticos, políticos e epistemológicos para pensar o humano e a tecnologia Textos, contextos e pretextos
Coordenadores(as) Marinês Barbosa de Oliveira (CEFET-MG), Raquel Martins Fernandes Mota (IFMT)
Resumo da Proposta

Esse minicurso pretende oferecer subsídios teóricos e metodológicos para o desenvolvimento de um trabalho significativo e provocativo com a disciplina Filosofia da Tecnologia nos cursos técnicos e tecnológicos.

Defendemos que as temáticas relativas à história, desenvolvimento, usos e implicações da tecnologia podem (e devem) ser tematizadas pelas áreas tradicionais da filosofia, pois encerram questões tanto ontológicas, epistemológicas, éticas, estéticas e políticas. Porém, para que este trabalho represente uma experiência filosófica relevante para o discente e seja significativo para sua formação profissional, há que se ter uma preocupação tanto com os aspectos didáticos e metodológicos das atividades desenvolvidas, como com o aspecto problematizador e contextualizado das abordagens temáticas. Ora, aquilo que denominamos tecnologia não se apresenta apenas em forma de objetos e/ou conjuntos de objetos ou procedimentos, mas também como sistemas de significação, como processos de interação, como modos de proceder no mundo e, sobretudo, como uma “certa mentalidade”. Há, hoje em dia, uma nova maneira de se tornar humano que condiciona quase todos os setores da vida. A técnica e a tecnologia têm um papel demasiado importante nesse processo. Que papel é esse? Para onde pode nos levar? Como podemos pensar a nós mesmos como seres produtores e ao mesmo tempo produzidos pela tecnologia? Como ser criador e criatura desse fenômeno? Em que medida a tecnologia é barreira e ponte nas relações humanas?

A partir de uma metodologia investigativa e problematizante, que alia momentos teóricos e práticos, propomos o desenvolvimento de um curso voltado para docentes e estudantes das áreas de Ciências Humanas, Sociais e da Tecnologia, o qual apresente textos, contextos e pretextos a partir dos essas e outras questões possam ser trabalhadas em ala de aula de diferentes níveis.

Objetivamos que ao final deste percurso formativo, o participante esteja habilitado a:

-Compreender a especificidade e a importância das questões postas pelo do campo da Filosofia da Tecnologia;

-Identificar e descrever problemas e conceitos relevantes para a Filosofia da Tecnologia, bem como a forma como os mesmos são trabalhados por diferentes autores e escolas filosóficas;

-Problematizar o tema da subjetividade e da razão instrumental na Modernidade e identificar sua relação com a

representação científica do mundo na contemporaneidade;

-Reconhecer e desenvolver contextos significativos para a discussão reflexiva acerca da tecnologia e suas implicações para a vida humana no âmbito dos cursos de formação profissional tecnológica.

Minicurso 07 Cultura Maker, Ciência(s) e Tendências tecnológicas: experiência criativa com a tecnologia na contemporaneidade
Coordenadores(as) Polyana Inácio Rezende Silva (UFMG), Verônica Soares da Costa (UFMG)
Resumo da Proposta

Como a compreensão das ciências e da cultura maker, em suas multiplicidades de caminhos podem tecer modos críticos de se relacionar com a experiência tecnológica contemporânea? Com base nesta questão pretende-se explorar os princípios da cultura maker revisitando aspectos discutidos na filosofia da tecnologia e à luz de conceitos de ciência(s). Nos processos sociais observamos delegações múltiplas nas relações entre ciência, tendências tecnológicas e entidades criativas. Neste sentido a existência de laboratórios digitais de fabricação digital (FAB LABS) corporificam a cultura maker materializando ações e metodologias colaborativas que de acordo com Heloiśa Neves instigam a cultura “hands-on”. De acordo com ela o mote da cultura maker é “concretizar ideias através de suas próprias mãos.” (NEVES, 2013). Resumida pela frase: “vai lá e faz” trata-se de elaborar iniciativas para construir materialidades enfrentando processos de aprendizado e recursos disponíveis. Neste minicurso o objetivo é discutir e criar a partir de tais relfexões e do encontro entre participantes interessados na relação prática e teórica que estabelecem com a ciência e tecnologia.

Objetivos do minicurso:

Interessados na compreensão da tecnologia como um processo a instigar a mediação entre ciência, sociedade e internet no cotidiano.

Sessão 1 – De que ciência(s) e cultura maker estamos falando?

Conceitos de ciências: como a ciência faz pensar a tecnologia?

Tendências tecnológicas

O que podemos aprender com a cultura maker?

Sessão 2 – Internet e tecnologias contemporâneas

Antes e para além do digital

Internet: primórdios, popularização, internet das coisas: 4a revolução industrial?

Cultura Maker, Cultura Nerd

Proposta de atividade

Sessão 3 – Atividades

Relatos e estudos de caso: experiência, apropriação e criação tecnológicas

Dinâmica coletiva: trocas de projetos sobre relação entre ciência, experiência e criação tecnológica

Proposta de atividade

Realização de um relato e proposta de projeto de criação tecnológica.

Resultados esperados

Espera-se discutir sobre relação entre ciência, experiência e criação tecnológica. Proposição da experiência dos alunos compartilhadas na plataforma medium juntamente com material do curso.

Recurso utilizados

Computador pessoal ou tablet, cadernos e canetas.

 

Minicurso 08 Análise de Redes Sociais – ARS
Coordenadores(as) Rubens Ahyrton Ragone Martins (IFMG), Cristiane Moreira da Silva (IFRJ)
Resumo da Proposta

Análise de Redes Sociais é uma estratégia ampla para investigação de estruturas sociais. Uma metodologia de análise de dados relacionais que permite a captação de diversos fenômenos sociais que se deseja estudar, segundo uma área do conhecimento especifica.

A metodologia de Análise de Redes Sociais, através do estudo das relações, dos vínculos e das trocas informacionais entre atores sociais, é um meio para se pôr em prática uma análise estrutural cujo objetivo principal é explicar os fenômenos analisados através de como a rede foi ou é formada.

A análise de redes sociais instala um novo paradigma na pesquisa sobre estrutura social, pois “para estudar como os comportamentos ou as opiniões dos indivíduos dependem das estruturas nas quais eles se inserem, a unidade de análise não são os atributos individuais (classe, sexo, idade, gênero, etc), mas o conjunto de relações que os indivíduos estabelecem através das suas interações uns com os outros. A estrutura é apreendida concretamente como uma rede de relações e de limitações que pesa sobre as escolhas, as orientações, os comportamentos, as opiniões dos indivíduos” (Marteleto, 2001a, p. 72).

A análise de redes sociais se concentra nas relações e nos atributos dos elementos estudados, entre suas propriedades relacionais. Na análise de redes sociais, os elementos básicos são os nós ou elos, que representam os atores da rede, e a relação que se estabelece entre os elos é o que nos interessa analisar. O papel e o status de um ator, bem como a função das relações entre atores, vão depender da posição estrutural dos elos. A forma da rede exerce influência sobre cada relação. Entender a rede possibilita identificar, de maneira detalhada, os modelos de relacionamento entre atores de uma certa situação social, assim como as suas mudanças no tempo, podendo ser aplicada no estudo de diversas questões e situações sociais. O objetivo deste projeto é oferecer um minicurso básico de Analise de Redes Sociais utilizando ferramentas de coleta e análise de dados. O processo metodológico da pesquisa ligada análise de redes sociais deve seguir dois caminhos de forma a contribuir para o estudo dos atores envolvidos no universo empírico:

-O primeiro, através da categoria de campo social, deve considerar as características pessoais – atributos e discurso dos atores.

-O segundo caminho busca uma visão relacional desses personagens a partir da análise de redes.

O curso terá 3 tempos de 90 minutos, aula teórica e prática, com auxílio de recursos áudio visuais. Necessita de um laboratório de informática com software instalado anteriormente. O conteúdo irá abranger os seguintes temas: Redes Sociais, Análise de Redes Sociais – ARS, Ferramentas on-line de coleta e análise de dados e GEPHI.